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PROBLEMAS REPRODUTIVOS EM QUELÔNIOS (DISTÓCIA)

  • Igor Gouveia
  • 27 de dez. de 2018
  • 2 min de leitura

ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS DA RETENÇÃO DE OVOS NAS TARTARUGAS, CÁGADOS E JABUTIS.

Quelônios ou Testudines se referem a todas as formas de tartarugas identificadas no mundo. Existem atualmente 13 famílias de quelônios, com mais de 70 gêneros e 260 espécies. Dentre essas espécies, diversas são criadas como animal de estimação em todo o mundo. São animais calmos e curiosos, porém não tão fáceis de cuidar. Exigem cuidados específicos como alimentação e abrigo.

Figura 1: Igor Gouveia


Muitos problemas de saúde também surgiram a partir da criação desses animais em cativeiro, podendo serem associados a fatores ambientais, nutricionais entre outros. Doenças reprodutivas também são descritas, como a retenção de ovos, que é uma das enfermidades mais comuns que afeta o sistema genital nesses animais. São duas formas de distócia (dificuldade de ovopositar, ou seja colocar ovos) diagnosticadas, a forma obstrutiva e a não obstrutiva. Pode evoluir para óbito do animal.



Os fatores relacionados a esse processo patológico, ovos grandes ou deformados, infecções, traumas, fotoperíodo anormal, entre outros, sendo os principais. Pode associar-se também questões ambientais como a falta de um local para nidificação ou até mesmo temperaturas desfavoráveis. Outras causas são litíase vesical, neoplasias, ovos de casca quebradas, estreitamento da pelve, etc.



Figura 2: @pedro.henrique.rj


Esse quadro é diagnosticado após um intervalo superior de dois dias de ocorrência do início da postura dos ovos, podendo se desenvolver diversos distúrbios fisiológicos. A forma obstrutiva dessa patologia, é quando tem algo impedindo o fluxo normal dos ovos pelo oviduto e a não obstrutiva relaciona-se com manejos inadequados.


Exames complementares devem sempre serem recorridos como auxilio na hora do diagnóstico. Dentre os principais estão o exame radiográfico, acompanhado de punção celomática se preciso. Exames hematológicos e microbiológicos também são úteis.

Como tratamento, nos casos não obstrutivos, o protocolo clínico mais indicado é a administração de de gluconato de cálcio associado com ocitocina (sendo a aplicação do gluconato de cálcio (IV) antes da ocitocina, para um melhor contração do útero). *A ocitocina poderá ser administrada novamente se preciso. Nos casos em que não há resposta mediante o tratamento com essas drogas, o animal deverá ser submetido à celiotomia (manobra cirúrgica que envolve uma incisão através da parede abdominal para aceder à cavidade abdominal) pra remoção cirúrgica dos ovos ali retidos.

Lembrando sempre que se um animal ficar doente, ele deve ser submetido à avaliação de um médico veterinário, no qual saberá realizar as devidas intervenções para cuidar da saúde do mesmo.


Referências:


















 
 
 

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